DOSSIÊ


PREFEITURA MUNICIPAL DE PIUMHI


DOSSIÊ
INVENTÁRIO DE BEM IMATERIAL
FOLIA DE REIS
SUMÁRIO

Lei do Registro do Bem Imaterial...................................................................................... 2
Introdução.............................................................................................................................. 6
Contextualização Histórica......................................................................................................7
Histórico do Município.................................................................................................7
Localização ................................................................................................................10
Etimologia...................................................................................................................11
Folia de Reis ..........................................................................................................................12
Antecedentes ...............................................................................................................12
Evolução Histórica ........................................................................................................13
Relação da atividade com o lugar ................................................................................14
Descrição da atividade..................................................................................................14
Agentes investidos na atividade ...................................................................................16
Recurso .......................................................................................................................17
Publico Alvo ..................................................................................................................17
Patrimônio da Folia.......................................................................................................17
Salvaguarda e Valorização ............................................................................................18
Cronograma de atividades .........................................................................................19
Documentos fotográficos ...............................................................................................21
Registro audiovisual DVD ...............................................................................................
Ficha técnica ...................................................................................................................25
Parecer técnico ..............................................................................................................26
Parecer do Conselho ......................................................................................................27
Ata de Aprovação Provisória ...........................................................................................28
Ata de Aprovação Definitiva ............................................................................................29
Cópia do Decreto de Registro..........................................................................................30
Inscrição no livro .............................................................................................................31
Anexos ................................................................................................................................36





LEI DO REGISTRO DO BEM IMATERIAL











  1. INTRODUÇÃO
A história da devoção aos Reis Magos na região de Piumhi, desde os tempos de Vila, é algo de interesse de muitos historiadores, pois percebe-se que a comunidade/fieis da Igreja Católica possui uma fé fervorosa por este santos, passando de geração a geração. Esta história ultrapassa divisas, por ser uma história milenar. Chegou ao Brasil vinda de Portugal com a finalidade de divertir o povo, porém aqui tomou um sentido mais religioso do que profano. Após a organização da Associação, representada pelo presidente atual, senhor Sebastião Teodoro Dias, muitos convites para realização de visitas aos moradores da cidade, povoados e comunidades ( em forma de cumprir promessas ) vem surgindo continuadamente, e por outro lado, também o grupo de Folia de Reis/Companhia de Reis como é chamado pelo povo, faz parte da história cultural do município.
Com a evolução dos tempos muito da nossa história se perde e a única forma de conservar e preservar fatos históricos é o Registro no Patrimônio cultural. Fato este, levou a população a se manifestar este desejo.
O Órgão público responsável pelo Patrimônio Cultural do município imediatamente se prontificou em tomar as providências devidas para a finalidade de registro.
Figura 1 II Encontro da Folia de Reis de 2015 - Parque de Exposição Tônico Gabriel






CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA2-HISTÓRICO DO MUNICÍPIO
A história de Piumhi inicia-se em 1731 com a descoberta e exploração da região pelo sertanista João Batista Maciel, que proveniente de São Paulo, com sua Bandeira, vasculhou a região, próximo a nascente do Rio São Francisco a procura de ouro. Batista Maciel fixara-se em Piraquara, margem direita do Rio São Francisco, termo da Vila de Pitangui. Naquele ano organizou uma Bandeira com filhos agregados e escravos, explorou o Alto São Francisco, descobrindo faisqueiras no Rio Piuí. Ainda no mesmo ano de 1731, Batista Maciel retorna a Pitangui com a notícia do descobrimento de minas de ouro no sertão do Piuí.
Imediatamente se organizou uma expedição tendo à frente o vigário de Pitangui, o Padre Luís Damião e o Procurador da Câmara João Falcão. Como guia seguiu o próprio Batista Maciel com sua gente. O grupo era bem numeroso e a finalidade era tomar posse do “país do Piuí”. Seguiram e realmente tomaram posse daquele sertão. Padre Damião celebrou a missa, considerada a primeira missa em Piuí, no ano de 1731, porém, o ouro não foi encontrado com a grandeza que se esperava.
Com a decepção, Batista Maciel acabou sendo preso como falso descobridor e causador de grande despesa que a bandeira fez. Entretanto dois filhos de Batista Maciel mais alguns agregados, diante daquele fato novo, amotinaram-se havendo troca de tiros, na qual resultou ferir-se o Procurador da Câmara João Veloso Falcão, que recebeu uma carga de chumbo no braço. Livre, Batista Maciel retirou-se acompanhado dos filhos, agregados e escravos, indo fixar-se nas perdizes, pouco abaixo, no mesmo Rio São Francisco, mais ou menos no ponto onde se localiza hoje a cidade de Iguatama.
Dois outros sertanistas e desbravadores tem registradas suas ações: o Capitão Tomás de Souza, que residia em Pitangui e, que de posse do roteiro de Três Morros, percorreu todo o sertão do Piuí e do Rio São Francisco. O outro foi o Alferes Moreira, que também partiu de Pitangui e desbravou a região, e é ele quem relata seu encontro no Piuí com Batista Maciel e Tomás de Souza, na “2ª Prática ao Padre Diogo Soares”.
A cidade nasceu em torno das atividades de mineração às margens do Córrego Cavalo com o nome de Nossa Senhora do Livramento.
Em 1736, a região é cortada pela picada de Goiás e aí distribuídas as sesmarias. A picada de Goiás, na realidade, não foi iniciativa governamental; um grupo de sertanistas se dispôs a abrir a picada e pediu certos privilégios, como a preferência sobre sesmarias, ao longo da mesma picada, e proibição de outros por ali se instalarem no prazo de um ano. Atendidos nessa exigência, foi o respectivo edital baixado pelo governador Martinho de Mendonça em julho de 1736.
Pouco depois d estabelecidos os sesmarieiros abridores da picada tiveram que retirar-se e praticamente interrompeu-s o trânsito pela famosa picada. Negros aquilombados assenhorearam-se da região, passaram a assaltar e a causar vários transtornos até o ano de 1743, quando foram os negros atacados e foram destruídos os quilombos, reiniciando-se a colonização e a mineração.
Em 1752 a mineração foi intensificada no local, provavelmente assim iniciando o arraial. No mesmo ano ali teria visitado o Padre Marcos Freire de carvalho, que na qualidade d emissário de Mariana tomou posse de Piumhi para aquele bispado.
Em princípio de 1754, quando as minas da Capitania se achvam em geral cansadas e os mineiros, na maioria, desanimados, espalhou-se de repente a notícia do “ouro...ouro com grandeza em Piuí” A corrida pelo ouro se renova com gente do Tamanduá, de São João, São José do Brumado e toda a parte.
O ouvidor da Comarca do Rio das Mortes tão logo soube da corrida para o Piuí, ordenou o guarda-mor de Passa Tempo que se dirigisse àquele continente a fim de proceder a distribuição das datas, evitando-se as contendas e disputas naturais naquelas circunstâncias. O mesmo ouvidor, em março de 1754, dirigia-se à Comarca de São José, informando do novo descoberto, da quantidade de gente que se achava naquele sítio e outro tanto a caminho, terminando por sugerir à Câmara que providenciasse a tomada de posse do lugar antes que a Câmara de Pitangui o fizesse.
No dia 28 de março de 1754 em casa de morada de José da Serra Caldeira, os procuradores da Câmara de São José Del Rei, meirinho Leandro de Arruda e o sargento-mor Francisco José Beserto tomaram posse do novo descoberto do Piuí, subordinando os moradores do arraial e seus distritos à vila de São José.
Passada a febre do ouro, continuaram os pedidos de sesmarias, com vários candidatos a sesmarieiros fixando-se no local.
E 1758 o arraial mostratava-se próspero. Nesse ano, segundo várias fontes teria sido criado a paróquia. Entretanto, segundo comprova o ato de Dom Frei José da Santíssima Trindade, em que decidiu subordinar a capela de São Roque à freguesia de Piuí. Esta paróquia foi instituída por ato episcopal em 1754, por iniciativa do fazendeiro Manoel Marques de Carvalho, o fundador da capela de São Roque. Esta freguesia foi declarada colativa por alvará régio de 26 de janeiro de 1803. O primeiro vigário colado ainda em 1803 foi o Padre Antônio Teles. Antes era provida de vigários encomendados; Cônego Trindade menciona a provisão de 6 de julho de 1773, nomeando o Padre José Soares da Silva vigário da vara da freguesia dos novos descobertos do Piauim.
Foi a paróquia elevada à categoria de Vila, com autonomia municipal, pela Lei nº 202, de 1º de abril de 1841, desmembrando-se o novo município de Formiga. E a Lei de Nº 1510 de 20 de julho de 1868 elevou a Vila à categoria de cidade.
Figura 2 Piumhi quando ainda era Vila

Figura 3 Praça da Matriz Antigamente

















LOCALIZAÇÃO:
Piumhi está localizada na Mesorregião oeste do Estado de Minas Gerais ( região centro-oeste ), com 902 km2 de área e uma altitude de 793 metros, clima tropical com a temperatura média de 22º C, vegetação de cerrado.
Faz limites com os município de São Roque de Minas, Vargem Bonita, Bambui, Doresópolis, Capitólio, Pains, Pimenta e Guapé.
O acesso rodoviário Poe ser feito pelas rodovias MG-439, MG-354 e a principal MG-050, que corta a região e é a responsável por ligar a capital Belo Horizonte à região de Ribeirão Preto estado de São Paulo. Piumhi situa-se na metade da distância entre as duas metrópolis, ficando a 256 quilômetros de Ribeirão Preto.

Figura 4 Localização do Município de Piumhi

Figura 5 Mapa da Cidade de Piumhi








ETIMOLOGIA:
O significado do vocábulo Piumhi é historicamente documentado e vem do tupi rio de peixe, referindo-se a rio homônimo. Para a análise do vocábulo é colocada em prática a lição de Teodoro Sampaio em sua obra “O Tupi na Geografia nacional”.

Figura 6 Cruz do Monte - Ponto Turístico da Cidade
Figura 7 Vista aérea da cidade








  1. FOLIA DE REIS
  1. Antecedentes históricos:
A Folia de Reis reproduz a viagem dos Reis Magos a Belém para adorar ao Deus-Menino (Jesus Cristo), e comumente é organizada por devoção ou pagamento de promessas. Esta promessa visa o recebimento de uma benção divina e na maioria das vezes, diz respeito a restauração da saúde do próprio promesseiro ou de alguém próximo a ele, melhora de condições financeiras, ou, resolução de algum problema pendente. Com a promessa assume-se então um compromisso de participação na folia de Reis, por no mínimo sete anos, podendo refazer o compromisso a cada múltiplo deste número.
A Folia de Reis chegou ao Brasil vinda de Portugal onde tinha como finalidade a diversão do povo e ao chegar ao Brasil adquiriu um sentido mais religioso do que profano.
Na cidade de Piumhi e em toda a região a devoção dos Reis Magos é histórica e passa de geração em geração. Os grupos são formados e unidos em uma Associação. Uma vez por ano se reúnem para uma grande festa, principalmente no período entre o Natal e o dia de Reis ( 6 de janeiro ).
Figura 8 Representação dos Três Reis Magos - Foto tirada da Internet










  1. Evolução histórica no Município:
Desde os primórdios tempos de Vila, a comunidade piumhiense já participava das manifestações de Folia de Reis. Os moradores da zona rural são os que mais devoção possui. Em tempo de comemorações natalinas até o dia dos Santos Reis, geralmente todas as casas de fieis católicos preparam o presépio representando o nascimento do menino Jesus, Maria, José e os Três Reis Magos: Gaspar, Baltazar e Belcchior. E durante este período a família se reúne em volta do presépio para a reza do terço.
Em vários lugares do município e região, quando chega o dia 6 de janeiro, dia de Santos Reis, são realizadas as chegadas dos grupos que durante seis dias peregrinaram em visita às casas, rezando, cantando e recebendo donativos para o grande leilão na festa de chegada.
A primeira iniciativa de organização dos grupos foi no ano de 2009, quando criou-se a Associação dos Devotos dos Reis Magos de Belém, registrada com o CNPJ nº 11.001649/0001-43, sem fins lucrativos, com finalidade de promover festejos e comemorações referentes à Folia de Reis, ensinando e propagando cultura religiosa e folclórica.
Desde então, as apresentações tem sido constantes, em toda a região.
Em janeiro de 2014, na cidade de Piumhi foi realizado o Encontro Regional de Folia de Reis, onde várias cidades compareceram com seus grupos, amigos, familiares e comunidade devota.
Devido ao sucesso do primeiro encontro, em janeiro de 2015 o segundo encontro foi realizado com mais sucesso e brilhantismo.
E a partir daí a Folia de Reis passou a ser mais conhecida e a comunidade em geral começou a valorizar a cultura dessa devoção, que aumenta a cada dia, motivando crianças e jovens a seguirem o aprendizado, perpetuando a história.

Figura 9 II Encontro de Folia de Reis - 2015 - Parque de Exposição Tonico Gabriel



  1. Relação da atividade com o lugar.
As apresentações geralmente são realizadas em capelas rurais, quando os promesseiros são da localidade rural. Em praça pública, quando as apresentações são nos eventos culturais. E para os encontros regionais são organizados lugares com infra-estrutura adequada, com banheiros, cozinha, refeitório, etc.

  1. Descrição da atividade:
A Folia de Reis organiza-se, em geral, em conseqüências de promessa, isto é, um compromisso livremente assumido, que leva o grupo a sair em visitas aos moradores de certa comunidade, pelo menos uma vez por ano durante sete anos consecutivos, a fim de conseguir a graça desejada. É comum que a promessa seja feita pelo mestre ou pelos integrantes da folia, mas também há ocasiões em que outras pessoas devotas encomendam as visitas aos foliões em cumprimento às promessas, em busca de cura de doenças, superação de dificuldades, dentre outros.
A Folia constitui-se por amigos, parentes, compadres e aliados ao mestre, que se reúnem para a jornada de Reis. Mulheres e crianças ocasionalmente participam da peregrinação, ficando estas, na organização dos adereços, roupas, alimentação e orientação n ornamentação do local da chegada.
Na véspera da jornada, que antecede o Natal, o mestre reúne com os foliões em casa, para os preparativos e recomendações de bom comportamento. Reunidos rezam o terço, cantam ladainhas e fazem pedidos diante ao presépio preparado na casa do mestre, solicitando êxito na jornada que se inicia. No dia seguinte levam a Bandeira a uma Igreja para a benção do padre, ou quando este ato não é possível, faz-se uma oração ao pé de um cruzeiro, geralmente colocado em morros ou beira de estrada, marco este da fé católica. E assim saem pelas ruas, comunidades e povoados. No final de cada dia da jornada, os foliões agradecem pelo trabalho com um oração e sinal da cruz ( expressão de fé ).
A Folia de Reis presta homenagem aos amigos, levando sua bandeira e os foliões a visitá-los em casa. Feito os entendimentos necessários, a Folia entra na moradia tendo à frente a Bandeira, mas deixando os palhaços de fora. O alferes posta-se a um canto da sala com a Bandeira voltada para os foliões se a casa não dispõe de oratório ou presépio, ou ao lado deste, porém sempre de frente para os foliões. O costume exige que se cante três vezes, pelo menos, em cada casa: chegada, adoração e agradecimento.
No fim da jornada, organiza-se o encerramento com uma grande festa. Cabe ao mestre financiar a Folia que organizou a fim de dar cumprimento a sua promessa. O dinheiro angariado em visitas é usado para suprir despesas com instrumentos, vestimentas e manutenção da capela ou igreja.
A festa de encerramento tem lugar e data marcada pelo mestre, geralmente num sábado, ao logo após o dia 6 de janeiro, se este não recair no dia de sábado.
Neste dia os foliões comparecem uniformizados e os palhaços vestem-se a caráter. O lugar escolhido para a festa é muito bem ornamentado e todos são recepcionados com farta comida e bebida (ceia). Após a Ceia, o mestre comanda uma oração em agradecimento ou profere um discurso alusivo à jornada. Terminada a ceia, o alferes toma posição com o estandarte diante dos foliões e ao som de cânticos processa-se o desfardamento. Em primeiro lugar, os palhaços: ajoelhados retiram as máscaras e depois as roupas colocando-as ao pé da bandeira. Em seguida, os foliões: ajoelham-se e despem dos blusões ou uniformes. E por último, segue-se: contramestre, mestre e alferes.
E por fim, os foliões aproximam-se da bandeira e depositam aos seus pés, os instrumentos usados durante a jornada. A entrega da Bandeira se faz por último com o cântico determinado para o fim. O alferes, novamente com o estandarte, ajoelhado, entrega-a à madrinha, geralmente a esposa ou filha do mestre, para que fique sob a guarda até o ano seguinte.
Com saudações de vivas, danças, todos se confraternizam na festa.
Figura 10 Palhaços da Folia de Reis - Foto tirada da Internet











E. Agentes envolvidos na atividade:
- Mestre
O Mestre chefia a Folia. Organiza a jornada inteira, determinando disciplina, ordem, roteiro, festa de encerramento. O Mestre é responsável pelos instrumentos, vestimentas, bandeira e também pela guarda e destino do dinheiro arrecadado.
- Contraste
O Contraste funciona como um vice. Auxilia o Mestre e o substitui, quando necessário.
- Alferes
O Alferes é a pessoa responsável pela Bandeira, carregando-a durante a jornada e protegendo-a o tempo todo. O Alferes, Bandeirista, Bandeireiro como pode ser chamado é representado por um folião ou pessoa indicada pelo Mestre. A Bandeira ( estandarte ) vai sempre à frente dos foliões, ladeada pelo Mestre e Contramestre . A Bandeira representa a Folia.
- Os Músicos
São chamados de foliões. Cada um toca um instrumento e ajuda na elaboração dos cantos.
Nem todos os músicos são cantores. A maioria apenas acompanha com um resmungo fanhoso os versos que o mestre ou contramestre canta ou improvisa. Alguns pronunciam apenas “ai” arrastado e dolorido os versos com que inicia e termina o canto, os quais servem para tomada de fôlego, uma inspiração profunda depois da emissão de voz no canto. O coro dos cantores se completam com o timbre feminil da voz de algum folião que eleva um fio de som algumas escalas acima dos demais e assim o canto desaparece abafado pela música.
- Os Palhaços
Os palhaços se vestem de roupas coloridas, de chitão, e usam máscaras confeccionadas de forma artesanal com muitos adereços, como: pele e pelo de animais, chifres, brincos, dentes e outros objetos que possam dar características assustadoras e cômicas. E para completar os adereços, eles carregam consigo um porrete ou reio de couto, os quais são usados para brincar com as pessoas e fazer sues malabarismos.
Os palhaços usam nomes de guerra, mas nada impede-os de revelar sua verdadeira identidade, no momento de descanso, quando retiram a máscara.
Os palhaços constituem a grande atração popular da folia e é incalculável o número de crianças que se aglomeram em volta deles.
A função dos palhaços é mesmo de divertirem as pessoas.
No momento de apresentações dos palhaços o público lança moedas no chão em homenagem a eles, os quais apanham as moedas fazendo graça de todas formas afim de ganharem mais dinheiro até o Mestre ordena o fim da apresentação.
  1. Recursos
A Associação ainda não recebe nenhum tipo de repasse financeiro por parte de órgãos públicos. Sobrevive com recursos próprios ou com doações advindas de jornadas.


  1. Público Alvo
As apresentações são realizadas através de convites:
- Eventos Culturais – Comunidade geral
- Jornadas – Devotos dos Santos Reis ( comunidade familiar )
- Festa de Padroeiro – Fieis católicos


  1. Patrimônio da Entidade - Instrumentos
- Sanfona – ( 2 unidades )
- Violão – ( 3 unidades )
- Viola – ( 3 unidades )
- Cavaquinho – ( 2 unidades )
- Pandeiro – ( 2 unidades )
- Reco-Reco - ( 1 unidade )
- Bumbo - ( 3 unidades )
- Triângulo - (2 unidades )
- Tarou - ( 2 unidades )
- Chocalho ( 1 unidade )








  1. Salvaguarda e Valorização:
H.1-Os principais problemas encontrados durante toda a jornada de folia de Reis, desde os primórdios tempos, de aparecimento dos primeiros grupos de foliões em Piumhi, são:
- Falta de apoio da Comunidade de modo geral;
- Falta de incentivo cultural;
- Descrença de vários foliões, fator causador de afastamento da atividade;
- Falta motivação na propagação da devoção aos Reis Magos;
- Dificuldade financeira, para manutenção de instrumentos e vestimentas.

H.2- Diretrizes para a salvaguarda da cultura da Folia de Reis:
- Levantamento de dados para a complementação do Inventário;
- Realização de Encontros regionais de Folia de Reis, para troca de experiências;
- Realização de Entrevista com o Presidente da Associação
- Início da Construção da sede e Capela da Associação
- Reunião com o Conselho para apreciação do Dossiê de Inventário
- Reunião com Conselho para finalização de aprovação do registro













Cronograma de Atividades de Salvaguarda

Atividades/ Ações/ Medidas de Proteção, gestão, manutenção, difusão e promoção.

1º Trimestre
Dez 2014
Jan 2015
Fev 2015

2º Trimestre
Mar 2015
Abr 2015
Mai 2015

3
º Trimestre
Jun 2015
Jul 2015
Ago 2015

4º Trimestre
Set 2015
Out 2015
Nov 2015
Levantamento de dados para a complementação do Inventário;




Realização de Encontros regionais de Folia de Reis, para troca de experiências;




Realização de Entrevista com o Presidente da Associação




Início da Construção da sede e Capela da Associação




Reunião com o Conselho para apreciação do Dossiê de Inventário




Reunião com Conselho para finalização de aprovação do registro





Figura Preparação do Terreno para a construção da Associação e Capela de Santos Reis - 2015



Figura Construção da sede e capela de Santos Reis - 2015










  1. Documentos Fotográficos


Figura II Encontro de Folia de Reis -2015


Figura Celebração da Palavra - II Encontro de Folia de Reis - 2015
Figura Apresentação em Penedos - 2015
Figura Recebendo a Bandeira em Penedos - 2015

Figura II Encontro de Folia de Reis
Figura Apresentação da Folia em Penedos – 2015


Figura Apresentação da Folia na Escola Dr. Avelino de Queiroz




Figura Apresentação da Folia na Escola Dr. Avelino de Queiroz

Figura 22 Integrantes da Folia de Reis - 2015





  1. Registro Audiovisual
DVD


  1. Ficha Técnica
O Dossiê foi montado baseado em Pesquisas sobre a história da Folia de Reis desde os primórdios tempos; Entrevistas com pessoas ligadas à tradição; Participação em Encontros Regionais e Depoimentos de pessoas devotas.
Pesquisadora: Nadir Goulart Rodrigues – Diretora do Departamento de Cultura
Entrevistado: Sebastião Teodoro Dias – Presidente da Associação de Folia de Reis
Depoimentos Orais: - Amador Leão da Silva - Folião
- Agostinho dos Santos Goulart Neto - Folião
- Edevaldo Camilo Costa – Folião
- Geraldo Romeu da Costa - Devoto

  1. Parecer Técnico:
Como Historiador, gosto de pesquisar sobre a cultura, principalmente a cultura do nosso povo. O brasileiro, raça de muitas raças, tem muita história a contar. Recentemente envolvi na pesquisa do folclore, crença religiosa e tradições. Na região de Piumhi ficou constatado que a crença religiosa é muito forte. Depois de Nossa Senhora, um dos santos de devoção são os Três Reis Magos. A história destes santos surgiu com o nascimento do menino Jesus em Belém. Em forma de folclore a Folia de Reis chegou ao Brasil trazida pelos Portugueses e aqui cultivou a tradição. Em Piumhi, principalmente na véspera do Natal é comum a saída do grupo de Folia de Reis às ruas e comunidades rurais em jornada até o dia 06 de janeiro. Há tempo, ou seja, desde a emancipação do município se fala em Folia de Reis. Em meio a tanta devoção e por fazer parte da nossa cultura, afirmo que realmente é necessário que se faça o Registro no Patrimônio Cultural com o objetivo de preservar e resguardar a história.

Luis Augusto Junio Melo
Masp:



  1. Parecer do Conselho
O Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Piumhi, em reunião no dia 13 de maio de 2015,
decidiu acatar a indicação de Registro da tradição da Folia de Reis, por reconhecer o mérito cultural
que ela representa para o povo piumhiense. Esta cultura advinda de Portugal e outras nações, chegou ao Brasil e aqui suas raízes fincaram em solo fértil, ficando para sempre, passando de geração em geração. O povo de Piumhi e região, principalmente fieis da igreja católica, são devotos dos Reis Magos e as celebrações são constantes, com acentuação na véspera do Natal. Por outro lado, a folia de Reis é considerada parte do folclore brasileiro. Por estas e muitas razões, o Conselho deferiu a indicação em unanimidade, com gosto e satisfação.
Piumhi, 15 de maio de 2015.

Nadir Goulart Rodrigues
Presidente do COMPAC


















Ata de Aprovação Provisória

Ata de Aprovação Definitiva


Cópia do Decreto ou Homologação do Registro
Figura Jornal Local Alto São Francisco edição 3.851 de 30 a 6 de dezembro de 2015


Figura Jornal Local Alto São Francisco edição 3.851 de 30 a 6 de dezembro de 2015
  1. Inscrição no Livro de Registro - Cópia da página.



Anexos







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