A Folia de Reis é uma manifestação de fé que traz a marca de um povo simples, habitante de pequenas cidades do interior que preserva há várias gerações música, toadas, cores e batidas com a característica de cada localidade, com saberes, fazeres e valores do "interior de nosso interior".
sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
Inauguração da Sede da Associação de Santos Reis e IV Encontro de Folia de Reis
quarta-feira, 11 de janeiro de 2017
Folias de Minas são reconhecidas como patrimônio cultural
Além das Folias de Reis, outros três bens culturais já foram reconhecidos como patrimônio imaterial do Estado: o Modo Artesanal de Fazer o Queijo da Região do Serro, em 2004; a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte, em 2013; e a Comunidade dos Arturos, em 2014.
Durante um ano, equipe do Iepha cadastrou mais 1200 grupos de 326 municípios
As Folias de Minas receberam nesta sexta-feira (6/01), o reconhecimento de patrimônio cultural de natureza imaterial do Estado de Minas Gerais. Em reunião realizada na Casa Fiat de Cultura, no Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, a tradicional festa da cultura popular mineira recebeu aprovação de todos os membros do Conselho Estadual do Patrimônio Cultural – Conep, e se junta a outros três bens já registrados pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – Iepha-MG.
O Iepha-MG apresentou ao Conep, instituição formada por integrantes de instituições públicas e da sociedade civil, os resultados de um ano de pesquisas e que revelaram mais de 50 tipos de devoção e uma grande diversidade de folias no estado. Com 106 grupos, Uberaba, no Triângulo Mineiro, é o município que possui o maior número de grupos cadastrados. Em seguida, João Pinheiro, na região noroeste do estado, aparece com 34. Dos 1.255 grupos que realizaram o cadastro, 883 se declararam devotos aos Santos Reis, 255 a São Sebastião, 193 ao Menino Jesus e 130 ao Divino Espírito Santo.
Para Angelo Oswaldo, secretário de estado de Cultura de Minas Gerais e presidente do Conep, o Estado cumpre com o seu papel ao investir em pesquisas que resultam no reconhecimento de manifestação cultural tão presente na vida dos mineiros. "Os reizados representam uma das parcelas mais ricas do patrimônio cultural mineiro, e nós estamos reconhecendo tanto as folias de reis quanto as do Divini Espírito Santo, São Sebastião e São benedito", diz o secretário. "São milhares de pessoas em Minas Gerais que mantém viva essa tradição", celebra.
Michele Arroyo, presidente do Iepha-MG, destaca que, pela primeira vez, o Conep reconhece um bem de natureza imaterial que está presente em todo o estado de Minas Gerais. “A metodologia participativa para o reconhecimento e identificação do patrimônio cultural, seja material ou imaterial, reafirma o compromisso do Iepha-MG de ouvir as comunidades detentoras do saber e estabelecer um diálogo com as pessoas. Mais uma vez encontramos na cultura popular umas das maiores riquezas do estado, uma tradição”, ressalta a presidente.
Além das Folias de Minas, outros três bens culturais já foram reconhecidos como patrimônio imaterial do Estado: o Modo Artesanal de Fazer o Queijo da Região do Serro – em 2004; a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte – em 2013; e a Comunidade dos Arturos – em 2014.
Patrimônio material
No último dia 20 de dezembro de 2016, o Conep também aprovou por unanimidade o tombamento do Centro Histórico de Grão Mogol, localizado na região norte do estado, e que se junta a outros bens culturais já protegidos por tombamento e reconhecidos como patrimônio cultural de Minas Gerais.
Três séculos de Folias de Minas
As folias possuem mais de três séculos de prática e forte representatividade na religiosidade e cultura mineira. Em geral, são organizadas por um grupo de devotos, saindo na chamada “jornada” ou “giro”, que passa pelas casas da comunidade, cantando e festejando para o santo de devoção do grupo.
Estas manifestações culturais acontecem em todo o território mineiro e se revelam de diferentes formas e com várias nomeações. Chamadas também de “terno”, “charola” e “companhia”, os grupos se organizam para homenagear diversos santos, e não apenas os Reis Magos, como acontece nas Folias de Reis.
O processo de reconhecer uma manifestação tão significativa em um patrimônio imaterial é de extrema importância. Quando um bem é reconhecido, além de ganhar visibilidade, tornando-se mais conhecido, faz com que o poder público se comprometa com o estabelecimento de medidas de salvaguarda, capazes de incentivar a perpetuação da manifestação cultural.
segunda-feira, 9 de janeiro de 2017
Governo de Minas Gerais reconhece Folias de Reis como Patrimônio Imaterial do Estado
Integrantes de diversos grupos foram recebidos pelo governador Fernando Pimentel, que prestou homenagem à tradição mineira
O governador de Minas Gerais,Fernando Pimentel, recebeu na sexta-feira (6/1), no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, integrantes de grupos mineiros de Folias de Reis. No dia que marca a comemoração do Dia de Reis, o Conselho Estadual de Patrimônio de Minas Gerais (Conep) reconheceu as Folias de Minas como Patrimônio Imaterial do Estado.
“É um momento importante para nós. Não por coincidência hoje é Dia de Reis, dia 6 de janeiro, e esse é um dos ativos culturais mais importantes de Minas Gerais. A Folia de Reis tem mais de 300 anos que a gente comemora, festeja e que a gente participa. É uma tradição muito cara a todos os mineiros e mineiras. Por isso é com muita alegria que recebo vocês aqui hoje para prestar uma homenagem do povo de Minas Gerais, representado aqui pelo Governo, a todos os grupos de Folia de Reis”, disse o governador Fernando Pimentel.
OInstituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha)apresentou o resultado de uma extensa pesquisa que revelou mais de 50 tipos de devoção e uma grande diversidade de folias no estado. Após o encontro com o governador, cerca de 200 integrantes das Folias de Minas se reuniram no Museu Mineiro e saíram em cortejo pelos espaços doCircuito Liberdade.
“Esta tradição vai lá no fundo da alma de Minas Gerais. Desde o início da colonização mineira, do ciclo do ouro, nós temos manifestações ligadas aos Reis Magos. Esse registro é uma documentação completa. O Iepha trabalhou nos últimos dois anos e levantou mais de 1.500 folias em Minas Gerais. Esse reconhecimento é uma chancela, uma espécie de selo de qualidade que se dá a um bem cultural, para que todos prestem atenção a ele”, explicou osecretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo.
Durante a cerimônia, o Governo do Estado também homenageou o professor Affonso Furtado Silva e o presidente da Comissão Mineira de Folclore, José Moreira de Souza, ambos pesquisadores da cultura popular e que contribuíram para a documentação sobre os grupos de Folias de Reis, o que culminou no reconhecimento dessas manifestações como patrimônio imaterial de Minas Gerais.
Esse procedimento, além de propiciar maior visibilidade a essas manifestações da cultura popular, fará com que o poder público se torne responsável pelo estabelecimento de medidas para incentivar e garantir sua perpetuação.
Três séculos de Folias de Minas
As folias possuem mais de três séculos de prática e forte representatividade na religiosidade e cultura mineiras. Em geral, são organizadas por um grupo de devotos, saindo na chamada “jornada” ou “giro”, que passa pelas casas da comunidade, cantando e festejando para o santo de devoção do grupo.
Estas manifestações culturais acontecem em todo o território mineiro e se revelam de diferentes formas e com várias nomeações. Chamadas também de “terno”, “charola” e “companhia”, os grupos se organizam para homenagear diversos santos, e não apenas os Reis Magos, como acontece nas Folias de Reis no dia 6 de janeiro.
Estiveram presentes à cerimônia os secretários de Estado de Educação, Macaé Evaristo; do Trabalho e Desenvolvimento Social, Rosilene Rocha; de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania, Nilmário Miranda; de Desenvolvimento Agrário, Neivaldo de Lima Virgílio; além da presidente do Iepha, Michelle Arroyo, entre outras autoridades.
Crédito (foto): Veronica Manevy/Imprensa MG
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